Coordenador do laboratório integrou comissão brasileira para debater ações em sustentabilidade no país asiático
Especialistas e autoridades de vários países se reuniram no primeiro semestre de 2023 na China para discutir as práticas de proteção ambiental e sustentabilidade voltadas aos seus parceiros comerciais mundiais. O coordenador do Leeb UFMG, Prof. Geraldo Wilson Fernandes, integrou a comissão brasileira, a convite do Consulado Geral da China, para participar do Seminário Internacional sobre Economia Verde e Biodiversidade no país asiático.
Durante 20 dias, a comissão debateu questões ambientais e fez visitas técnicas na cidade de Ganzhou, na provindica de Jiangxi, para conhecer centros de produção de móveis, museus, escolas, indústria de eletrodomésticos e fazenda de produção agrícola sustentável. O Seminário sobre proteção ecológica do meio ambiente e desenvolvimento sustentável para os países do cinturão e estradas (Seminar on Ecological Environment Protection and Sustainable Development for Belt and Road Countries) foi realizado em Pequim e organizado pelo Ministério do Comércio da República Popular da China para os países parceiros ligados ao projeto “Belt and Road Initiative (BRI)”.
O evento teve como objetivo estreitar a parceria entre os países participantes por meio de aprendizado mútuo e intercâmbio internacional para cooperação. As palestras incluíram uma visão geral das condições nacionais da China, reforma e abertura da economia, política de baixo carbono e para mudanças climáticas, implementação do Cinturão e Rota da China e a estratégia verde chinesa para o desenvolvimento sustentável e a ideia de civilização ecológica.
Durante o evento, o prof. Geraldo foi convidado pela Universidade de Renmim para relatar avanços científicos e novas tecnologias para a sustentabilidade no Brasil e apresentar o Centro de Conhecimento em Biodiversidade às equipes chinesas.
Desafios e avanços da China
As metas da sustentabilidade da China estão alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O país se comprometeu a reduzir suas emissões de carbono em 60-65% até 2050 e para isso está realizando grandes investimentos em tecnologias limpas, como expansão da produção de carros elétricos e energia eólica e solar, alcançando o posto de maior produtor e consumidor de energia solar do mundo.
Ao redor do mundo, crescem as expectativas de que o comércio mundial seja, muito em breve, regulado por relações sustentáveis que privilegiem a justiça social, a biodiversidade e os direitos humanos. Aspectos em que o país não é bem visto mundialmente e precisará enfrentar para se consolidar como referência no mercado externo ocidental.